domingo, 25 de janeiro de 2009

Quantos De Lorean você quer???

Quem gostaria de uma loja dessa perto de sua casa???
Sou um sortudo!!! ou nao!!!


O co-produtor Bob Gale e o diretor Robert Zemeckis pensaram muito como seria a máquina do tempo. "Nos primeiros esboços do roteiro, nós fizemos uma máquina do tempo que não era móvel, apenas uma grande quantidade de equipamento num laboratório que ocupava uma sala inteira", disse Gale. Mais tarde, pensaram na possibilidade da máquina ser uma geladeira, mas essa idéia também foi descartada.
"As portas asa-de-gaivota do DeLorean foram uma idéia muito boa. Ele parecia um espaçonave. Há uma cena onde o DeLorean entra num celeiro e um fazendeiro dos anos 50 pensa que é uma espaçonave", disse Gale.
"Era importante criar a ilusão de que o carro se movia rápido e era perigoso", mas tinha que haver algo de excêntrico nele", disse Zemeckis. O artista Ron Cobb, cujos trabalhos incluem "Alien - O oitavo passageiro", fez o primeiro desenho da máquina do tempo, incorporando um reator nuclear portátil na parte traseira


A máquina, claro, precisa de uma grande quantidade de energia e um "capacitor de fluxo temporal", para receber a energia do reator(em De Volta Para o Futuro II o reator é trocado pelo Mr. Fusion) e impulsionar o carro através do tempo. Havia também mostradores digitais no cockpit, além de fios, espirais e tubos por toda parte. Andy Probert, mais tarde, refinou o design da máquina. Probert rearranjou alguns elementos na parte traseira do carro, incluindo os exaustores, que servem para ventilar o reator. Inicialmente, havia um exaustor(cano de escapamento), mas Zemeckis, Gale e o designer acharam que quatro exaustores davam um visual mais dramático, além de fazer o reator parecer mais poderoso.
Gale e o produtor Neil Canton mandaram sua equipe procurar nos anúncios classificados por três DeLoreans em boas condições. Comprados por um total de mais ou menos US$ 50.000, os três carros foram transformados pelo especialista em efeitos especiais Kevin Pike(que também ajudou nos efeitos especiais dos filmes de Spielberg, incluindo "Os Caçadores da Arca Perdida"), da Kevin Pike's Filmtric Inc., em Hollywood.
Nesse momento, os produtores resolveram, para manter os custos baixos(o preço final da compra e transformação dos carros era de US$ 150.000) e para garantir o visual "feito-em-casa" da máquina, não mandar fazer peças especialmente para o DeLorean.

O designer de produção Larry Paull, que trabalhou em Blade Runner e o coordenador de modificação do DeLorean Michael Scheffe, vasculharam depósitos de sobras de materiais militares e de indústrias em geral, procurando por tubos, medidores, espirais e quaisquer estruturas que refletissem o que estava nos desenhos de produção.
Dois carros funcionavam, o terceiro era mantido parado para tomadas em close, inserções e para fornecer peças caso os outros dois tivessem problemas.
O primeiro passo da equipe de efeitos especiais foi remover a janela traseira do carro para construir o reator nuclear sobre a pesada cobertura de plástico que foi colocada sobre o motor de cada carro.
Duas estruturas tinham que ser construidas: o sistema do reator e central de energia imaginários e os sistemas reais dos efeitos especiais. Três mostradores digitais foram construidos, juntamente com válvulas, medidores, botões e mecanismos, incluindo os "circuitos do tempo", acionados por uma chave localizada ao lado do assento do motorista. Apesar do velocímetro original ser mantido, foi adicionado um digital para enfatizar um ponto importante da história: o DeLorean tem que atingir 88milhas/h (+ou- 130km/h) para que o capacitor se ative e haja a remoção temporal. Como foram adicionados, por trás do reator nuclear, os exaustores ao carro, a equipe de Pike redirecionou o sistema de escapamento original do carro para ficar acima das rodas traseiras.
Dois extintores com CO2 foram instalados no lado do passageiro e o gás era levado até os exaustores, onde um mecanismo especial expelia o gás, simulando a exaustão de um reator nuclear.
Lança-chamas foram presos ao lado de cada roda, sendo acionados por um ignidor de alta-voltagem controlado por alguém da equipe de efeitos especiais que ficava escondido sob o banco do passageiro. Contudo o carro tinha que estar andando a 40milhas/h (+ou- 60 km/h) para que os lança-chamas fossem ativados, ou o perigo do fogo atingir o carro seria muito grande.
O motor do carro, perfeitamente capaz de alcançar 88 milhas/h, não foi modificado.

O sonho de aço

DeLorean construiu um carro inovador em aço inoxidável.
Deveria durar muito, mas só viveu dois anos

Um carro com carroceria feita em aço inoxidável foi fabricado na Irlanda do Norte, em Dunmurray, a 10 quilômetros do centro de Belfast, a capital. Lá, de 1981 ao final de 1982, funcionou a DeLorean Motor Company (DMC).

Foi fundada em 1973, em plena crise mundial do petróleo, mas seus automóveis só ganharam as ruas no começo da década de 80. Seu fundador John Zachary DeLorean, bem-sucedido executivo da General Motors, fez uma carreira brilhante na Packard, no início dos anos 50, e depois no grupo GM, onde ingressou com apenas 24 anos de idade. Na divisão Pontiac, chegou a engenheiro-chefe, e na Chevrolet, diretor-geral. Na Pontiac criou e desenvolveu o projeto dos famosos GTO e, mais tarde, a linha Grand Prix. Chegou à vice-presidência da GM.
Mas John DeLorean não estava contente, apesar do gordo salário anual de 650 mil dólares. Ele queria mais, tinha um sonho: ter sua fábrica de automóveis e até ensinar a GM como se faz um carro.

A idéia do novo carro-esporte, com carroceria em aço escovado, foi brilhante. Chamava-se DMC-12. O desenho era inovador, mas empregava soluções de carros do passado. As portas em asa-de-gaivota eram baseadas nas do Mercedes-Benz 300 SL. O vigia traseiro em persianas já tinha sido adotado no Lamborghini Miura e no Lancia Stratos, só para citar os mais famosos.

O responsável pelo projeto foi o famoso Giorgio Giugiaro, que já tinha realizado obras de arte como o Miura, o De Tomaso Mangusta, o Maserati Ghibli, o Fiat Dino e o Lotus Esprit. Reunia soluções como a carroceria em aço escovado, chassi Lotus em Y e motor PRV (Peugeot-Renault-Volvo) com seis cilindros em V e 2,8 litros, que em princípio seria adotado na posição central mas depois, por problemas técnicos, ficou alojado atrás do eixo traseiro, com câmbio do Renault Alpine A 310. Além de muito bom, o carro era relativamente fácil de manter, graças a peças comuns a vários modelos do mercado europeu, encontradas sem problemas até hoje.
John DeLorean queria um carro para durar de 20 a 25 anos e que não ficasse obsoleto em pouco tempo. No primeiro protótipo foi utilizado um motor do Citroën CX, de dois litros e 102 cv. Mostrou-se antiquado e fraco para as características do esportivo. O carro deveria ser leve, mas a realidade era outra.

O motor PRV se mostrou mais adequado. Era um ótimo propulsor, equilibrado, robusto e moderno, mas não chegava a entusiasmar no DMC-12. Tinha um desempenho modesto se comparado a seus concorrentes. John DeLorean visava aos compradores de Corvette nos EUA, seu mercado de ataque, mas seu carro não andava muito mais que um Mustang V8, de desempenho inferior ao esportivo da Chevrolet. O carro de aço fazia de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos e chegava a quase 200 km/h.

Com 65% do peso na traseira, o comportamento do carro era bom e não era difícil de ser dirigido. Mas o motor traseiro, apesar do sucesso dos Porsche 911 nos EUA, não agradava muito aos americanos pela má fama deixada pelo Chevrolet Corvair.
Quando o carro começou a ser vendido, a publicidade dizia "DeLorean - Viva o sonho". A nova atração na indústria automobilística chamava a atenção. Era um carro bonito, com quatro faróis retangulares na dianteira, grade com frisos pretos horizontais e logotipo DMC ao centro. Visto de lado era notável seu perfil baixo, com dois vidros laterais separados por uma pequena grade preta vertical. As rodas raiadas tinham um desenho simples e discreto.
Na traseira, grandes lanternas em segmentos quadriculados. Ao centro, um painel preto e, acima na tampa traseira, um discreto aerofólio e a vigia em forma de persianas. Quando abertas as portas, capô e porta-malas, impressionava muito.

O revestimento dos bancos, forrações e volante era todo em couro. Trazia toca-fitas, ar-condicionado, vidros verdes, painel com boa instrumentação -- enfim, tudo que um carro de luxo da época podia oferecer. Mas era um carro caro face à concorrência, por ter características exclusivas.

Alguns donos cansaram-se da única cor oferecida e pintaram por conta própria seus carros. Foram fabricados 7.400 modelos em 1981 e, até o fechamento da fábrica no final de 1982, outras 1.800 unidades. Os estudos de mercado não foram bem feitos e os carros encalharam nas concessionárias.

Mas marcou por ter um estilo próprio, soluções de estilo interessantes, mesmo que não fossem originais, e causou certo furor. Hoje são bem procurados por colecionadores e valem cerca de 30.000 dólares se bem conservados. Não têm problemas de ferrugem...

Há muita controvérsia sobre o fechamento da fábrica fundada por John DeLorean. Ele fez vários acordos com o governo britânico, prometendo inclusive reduzir os problemas sociais da Irlanda. Envolvimento com drogas para saldar dividas, pressão de grandes fábricas e outros fatores, que nunca ficaram claros e muito menos provados, causaram o fim deste automóvel único.

Seu idealizador, hoje com pouco mais de 70 anos, foi considerado um dos maiores aventureiros da história do automóvel.

Ficha técnica básica
MOTOR - longitudinal traseiro; 6 cilindros em V; 2 válvulas por cilindro. Cilindrada: 2.850 cm3. Taxa de compressão: 8,8:1. Injeção de combustível Bosch K-Jetronic. Potência máxima: 141 cv.
CÂMBIO - manual, 5 marchas, ou automático, 3 marchas; tração traseira.
RODAS - dianteiras, 14 x 6 pol; traseiras, 15 x 8 pol.
DIMENSÕES - comprimento, 4,267 m; altura, 1,140 m; peso, 1.233 kg; porta-malas, 400 l.
DESEMPENHO - velocidade máxima, cerca de 200 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 9,5 s.






O primeiro De Lorean você nunca esqueci!!!

Universal Studio Japan!



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